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Chikungunya, Dengue e Zika: saiba mais sobre essas doenças virais!

12 de fevereiro de 2016

As tão faladas Chikungunya, Dengue e Zika são três doenças virais transmitidas por meio da picada do mosquito Aedes aegypti e que apresentam sintomas semelhantes. Veja no quadro abaixo:

dengue

Vamos entender melhor?

Chikungunya

  • A principal manifestação clínica é a artralgia (fortes dores nas articulações), que pode se apresentar  em todo o corpo, mas principalmente nas palmas dos pés e das mãos, nos dedos, tornozelos e pulsos. Em alguns casos, a dor nas articulações é tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.
  • A confirmação do diagnóstico é feita a partir da análise clínica de amostras de sangue e o tratamento é sintomático, ou seja, com uso de analgésicos e antitérmicos indicados para aliviar os sintomas, sempre sob supervisão médica. Medidas como beber bastante água e repouso ajudam na recuperação.
  • A chikungunya é considerada mais branda do que a dengue e são raras as mortes que ocorrem por sua manifestação. Os óbitos podem ocorrer por complicações em pacientes com doenças pré-existentes.

Dengue

  • Há quatro sorotipos da dengue (DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que causam os mesmos sintomas, dificultamdo a distinção somente pelo quadro clínico.
  • O principal sintoma da doença é a febre alta acompanhada de fortes dores de cabeça (cefaleia). Dores nos olhos, fadiga e intensa dor muscular e óssea também fazem parte do quadro clássico da dengue.
  • Outro sintoma comum é o rash (manchas avermelhadas), predominante no tórax e membros superiores.
  • O quadro de dengue clássico dura de 5 a 7 dias e desaparece espontaneamente. O paciente costuma se curar sem sequelas.
  • Na dengue hemorrágica, a situação é mais complicada. Sua ocorrência é mais comum em pacientes que apresentam um segundo episódio de dengue, de um sorotipo diferente do primeiro caso, o que causa alterações na coagulação do sangue, inflamação difusa dos vasos sanguíneos e trombocitopenia (queda do número de plaquetas). Assim, os pacientes apresentam tendência a sangramentos que não cessam espontaneamente, dor abdominal intensa e contínua, pele fria, úmida e pegajosa, hipotensão (choque), letargia e dificuldade respiratória (derrame pleural ou líquido nos pulmões).
  • Dentre as três doenças, a dengue tem sido considerada a mais perigosa pelo número de mortes.

Zika vírus

  • Há muitas dúvidas, perguntas e boatos sobre a doença, por se tratar de algo recente e ainda pouco estudado.
  • Apenas 20% dos infectados apresentam os sintomas.
  • Um dos principais desafios dos órgãos de saúde na obtenção de dados confiáveis sobre os casos da doença tem sido a dificuldade de diagnóstico.
  • Os efeitos da infecção por zika em um bebê tendem a serem maiores do que em um adulto e a sua possível relação com o aumento do nascimento de bebês com microcefalia é preocupante.
  • Se a criança for infectada depois do nascimento, o risco de uma malformação (cerebral ou não) não existe mais.
  • A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que não há qualquer comprovação científica que ligue ocorrências de problemas neurológicos em crianças e idosos ao vírus e também desmentiu a informação que há outros mosquitos, além do Aedes aegypti, que transmitiriam zika no Brasil.
  • Os relatos de morte em decorrência de zika geralmente estão relacionados ao agravamento do estado de saúde do paciente, já portador de outras enfermidades.
  • O zika já foi isolado no sêmen humano, mas ainda não há comprovação de real transmissão por via sexual.
  • Ainda não se tem certeza de que a infecção possa ser transmitida pelo leite materno. Mesmo assim, os especialistas recomendam interromper o aleitamento caso haja suspeita de que a mãe esteja infectada.

O uso de repelentes

Nem todo repelente pode ser usado por crianças e grávidas e os vários tipos do produto possuem tempos de ação diferentes. O ideal é procurar orientação médica para a escolha.

São três os princípios ativos dos repelentes aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e que são comercializados no Brasil. Eles diferem quanto à indicação de uso e duração de proteção.

IR3535: O uso tópico de repelentes a base de Ethyl butylacetylaminopropionate (EBAAP) é tido como seguro para gestantes e para crianças de 6 meses a 2 anos (mediante orientação de um pediatra). A ação é curta, precisando ser reaplicado a cada duas horas. Exemplo: Loção Antimosquito Johnson’s.

DEET: O uso tópico de repelentes a base de dietiltoluamida é considerado seguro para gestantes, mas não deve ser utilizado em crianças menores de 2 anos. O tempo de ação para adultos (concentração de 15% do princípio ativo) é de cerca de seis horas. Para crianças entre 2 e 12 anos (concentração máxima de 10% do princípio ativo) a duração é de apenas duas horas. Exemplos: Autan, OFF e Repelex.

Icaridina: Oferece ação prolongada e são os mais procurados por adultos e gestantes. Com duração de proteção de até 10 horas, também pode ser usado por crianças a partir de 2 anos. Exemplo: Exposis.

Cuidados e orientações

  • Aplicar o repelente na pele, mas por cima das roupas, nunca por baixo (é o cheiro que afasta os mosquitos);
  • O repelente deve ser aplicado 15 minutos após o uso de filtros solares, maquiagem e hidratante;
  • Não aplicar o produto próximo aos olhos, nariz, boca e genitais;
  • Evitar aplicação de repelente nas mãos das crianças;
  • Lavar as mãos após a aplicação;
  • Usar o produto no máximo três vezes ao dia;
  • Em caso de suspeita de qualquer reação adversa ou intoxicação, lavar a área exposta e, se necessário, procurar o serviço médico, levando a embalagem do repelente.

Faça a sua parte!

O Brasil não consegue combater o mosquito Aedes aegypti e a principal causa do problema é a combinação do acúmulo de água parada com um clima tropical favorável à proliferação do vetor. Mas o culpado está longe de ser o mosquito. A falha é parcialmente do governo, que precisa investir em políticas públicas de combate, e também da população, que deve estar atenta ao acúmulo de água parada em casa.

Fonte: Orientações e esclarecimentos enviados pelo Dr. Lucio Colamarino Cury, da Clínica Santa Isabella.

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