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Redação do ENEM elege tema abordado por alunos do Pio

9 de novembro de 2017

Estudantes escolheram a comunicação de pessoas com deficiência visual e auditiva como tema do trabalho

O estímulo à reflexão de temas latentes em nossa sociedade é algo que o Pioneiro exercita em todo o ciclo educacional, do Infantil ao Ensino Médio. O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano foram os desafios da formação educacional de surdos no Brasil, uma proposta aprofundada há pouco tempo pelos alunos do 9º ano em um concurso educacional de produção de vídeos digitais.

No Enem, a ideia era promover uma reflexão sobre o direito constitucional irrestrito à educação, independentemente da condição do indivíduo, e relacioná-la ao declínio de matrículas de surdos na educação básica do Brasil nos últimos anos.

No programa KWN – Kid Witness News, concurso educacional promovido pela empresa japonesa Panasonic, a temática era a comunicação, um tema bastante amplo, mas os alunos do Pioneiro resolveram se aprofundar na comunicação de pessoas com deficiência. O trabalho foi classificado em segundo lugar e a premiação aconteceu em abril.

kwn-brasil-2017

Munidos de câmeras de vídeo e microfones profissionais, cedidos pela Panasonic, os meninos e meninas saíram a campo com a missão de pesquisar a forma como pessoas com deficiência visual ou auditiva se comunicam. Reuniram material de apoio, conversaram com especialistas, visitaram escolas e até pediram a ajuda de intérpretes para finalizar o trabalho.

A professora de redação Débora Amorim Radanovitsck, que acompanhou a turma no projeto extraclasse, constata que a experiência foi além do esperado: “Eles aprenderam a exercitar a organização do tempo e a abordar com responsabilidade um tema delicado e pouco conhecido”.

Os alunos exercitaram o trabalho em equipe, organizando assembleias para decidir o rumo e as diretrizes do projeto, o cronograma e as disponibilidades, habilidades essenciais para um desenvolvimento autônomo e responsável.

O vídeo final, que tem 5 minutos, despertou não só a empatia, como a curiosidade dos adolescentes, a partir da questão: “Nesse mundo onde paisagens sonoras e visuais organizam a nossa vida em sociedade, como aqueles que não podem ver ou ouvir vivem suas vidas e se comunicam com outros?”.

Para Enzo Simonato de Almeida, de 14 anos, o trabalho foi cheio de descobertas. “Aprendi que as pessoas que não enxergam ou não ouvem têm vidas muito parecidas com as nossas”, diz. Júlia Akemi Kubota, também de 14 anos, se surpreendeu com as possibilidades de acesso à cultura: “Descobri que eles podem ir ao teatro”.

Como mensagem final do vídeo, os estudantes concluíram de forma sensível e positiva: “A deficiência deles não os torna de nenhuma forma menos capazes de interagir e viver uma vida normal em uma cidade que ainda almeja garantir acessibilidade e inclusão. Nós queremos mostrar para o mundo que, não importa o que aconteça, comunicação é algo que todos nós podemos fazer. Você não me vê, você não me ouve. Mas eu te sinto.”

Conheça os participantes:

9ºC – Emilie Chen
9ºC – Enzo Simonato de Almeida
9ºC – Fernando Sallorenzo Nogueira
9ºC – Gabriela Kaori Kubota
9ºC – Julia Akemi Kubota
9ºC – Julia Kasuga Nishimura
9ºA – Nicole Yuzuki Yoshita
9ºC – Pedro de Sá Mantega
9ºC – Thiago Siqueira Mouazzen
9ºC – Sophia Greggio Más
9ºC – Marcellus Branco Parisotto Guimarães Vasconcelos

Professores orientadores:
Débora Amorim Radanovitski
Michael Luiz Santos

 

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