“Coopetição”: os jogos cooperativos

14 de abril de 2016

A prática dos jogos cooperativos é importante no desenvolvimento do indivíduo. Por meio deles aprende-se a trabalhar ou jogar em grupos, não para vencer por vencer, mas para vencer a si mesmo.

Nosso objetivo nas aulas de Educação Física é oferecer uma educação integral, que contemple os aspectos físicos (motor) e também os enfoques cognitivo, social e emocional

Os jogos cooperativos nos aproxima desse objetivo, pois possibilita o desenvolvimento do aluno com a atividade proposta. A liberdade de expressão e de ação, a confiança em si mesmo e a alegria vivenciada oferecem oportunidades para que o aluno crie situações diferentes, pense estratégias e seja ele mesmo. As relações intersubjetivas ajudam cada indivíduo a se conhecer melhor, aumentando suas condições de alterar as regras de um jogo, aceitar mudanças e acreditar que há possibilidades de transformar valores e atitudes de sua vida.

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O professor também aprende a importância de transformar conceitos e questionar os alunos, fazendo com que a criança possa levar essa experiência vivida no jogo (como ser ele mesmo, ter confiança em si e saber o que quer) para além da quadra, incorporando-a para sua vida.

São marcantes as diferenças que os alunos estabelecem com os próprios colegas de classe. Ficam claras as distinções do mais lento para o mais rápido, do mais ágil para o mais desastrado, do mais gordo para o mais magro. Essas diferenças sempre existirão, mas é necessário que sejam RESPEITADAS.

Neste sentido, existem inúmeras vantagens nos jogos cooperativos. Eles trazem o sucesso para todos os participantes. As crianças que jogam sentem prazer, alegria e descontração. Não existe o medo de errar e ganhar ou perder não é o mais importante.

Os jogos cooperativos unem os extremos. Aquela criança que é mais ágil fisicamente ou que tem uma habilidade motora melhor acaba não sendo a única a se sobressair. Aquele aluno que é o último a concluir uma tarefa também terá mais sucesso, porque conseguirá realizar as atividades propostas.

Segundo o especialista em Educação Física João Batista Freire, para crianças da Educação Infantil ao 5° ano do Ensino Fundamental, tudo se reduz ao concreto, ou seja, a vida é “vista” pelo corpo. Por isso as produções físicas ou intelectuais são produções corporais, que se dão nas interações com o mundo.

O jogo é um ótimo instrumento de trabalho nas aulas de Educação Física. Ele promove a interação dos participantes, faz pensar e tem o poder de transformar valores e atitudes.

Tays R. Brito – Professora de Educação Física da Educação Infantil e 1° ano do Ensino Fundamental

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