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A história de Michie Akama: a construção de uma identidade

26 de junho de 2013

Reconstituir e contar a história de Dona Michie Akama, esse foi um dos grandes desafios de Regina Chiga Akama. Professores e funcionários do Centro Educacional Pioneiro se reuniram com a publicitária para aprender, ouvir e relembrar a história dessa grande educadora.

Uma mulher de fibra, coragem, comprometida com a educação surge dos relatos de funcionários e alunos que tiveram a oportunidade de conviver com D. Michie. Histórias que vão desde as marcas deixadas no meio físico, como a construção do prédio antigo, o piano que fica no andar térreo e pertenceu a educadora, até o engraçado episódio do empréstimo de uma tesoura de picote, onde a funcionária responsável solicitou que se tomasse muito cuidado com a tesoura que pertenceu a D. Michie. Essas histórias mostram em pequenas ações cotidianas a admiração e a importância de Michie Akama para todos nós que hoje damos continuidade ao legado deixado pela educadora.

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Michie Akama, professora por formação, veio do Japão junto com o marido e desembarcou no Brasil em 1930. Imigrantes, recém-chegados a um país de hábitos e idioma diferentes, foram trabalhar na lavoura de café para se estabelecerem.

No convívio com diversas moças, D. Michie viu a oportunidade de oferecer a elas, cursos que as ajudassem como mães e esposas, e principalmente, a oportunidade de ter uma atividade profissional.

Movida por essa motivação, uns anos mais tarde, Michie Akama fundou em São Paulo a Escola Feminina de Corte e Costura, por onde passaram cerca de 5 mil mulheres. Esse pequeno internato, instituído com muita dedicação e determinação, sem dúvida contribuiu com a história da imigração japonesa no país.

Regina Akama, em seu estudo de mestrado pela Universidade Estadual de Campinas, realizou um resgate histórico da memória e a história de vida de ex-alunas do internato “São Paulo Saihou Jogakuin”, ou simplesmente, Escola Feminina de Corte e Costura e constatou a importância desta instituição na formação da identidade feminina dessas mulheres.

Regina destaca a preocupação de Michie em proporcionar às alunas uma formação abrangente, visto que com o passar dos anos, foram implantadas aulas de culinária, música, ikebana, etiqueta, entre outras, todas ministradas em japonês e português.

Nos relatos coletados por Regina, ficou evidenciada a importância da formação proporcionada pelo internato nas suas trajetórias de vida. Mulheres, esposas, mães e muitas delas, empresárias e com carreiras profissionais de sucesso.

Para saber mais sobre essa história, consulte as obras disponibilizadas em nossa biblioteca, “Os Nikkeis e a Sociedade Brasileira nos Próximos 20 Anos” e “Universo em Segredo: a Mulher Nikkei no Brasil“ e acesse a dissertação de mestrado de Regina Akama: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000436029&opt=4

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